A Universidade do Bebê (UBB), uma das principais iniciativas que integram o Programa Família Que Acolhe (FQA) está com novidades este ano. As famílias beneficiárias passaram a contar com oficinas teóricas e práticas sobre temas importantes na primeira infância, como Direitos Previdenciários, Violência Obstétrica, Negligência na Primeira Infância e Orientações em Saúde Bucal.
Os encontros estão acontecendo desde o dia 24 de janeiro. E nessa terça-feira, 31, participaram pais e mães com bebês de três anos de idade da Oficina de Odontopediatria. As famílias receberam uma série de orientações importantes sobre cuidados com a saúde e higiene bucal dos pequenos, como explicou a odontopediatra, Aline Amaro Damasceno.
“No caso específico das crianças de três anos, abordamos a questão da alimentação, já que nessa idade os alimentos industrializados começam a ser introduzidos. Chamamos atenção, principalmente, para o teor de açúcar desses produtos. Aqui reforçamos padrões ideais de higienização, orientando mães e pais sobre a forma correta de escovar, uso de pasta de dente com flúor e outras recomendações importantes para a saúde bucal dessas crianças”, disse.
A beneficiária Eliane Lima é mãe da Eloísa, de três anos. Para ela, a oficina é uma oportunidade de tirar dúvidas e adquirir novos conhecimentos. “Achei a ideia muito boa, pois sempre tem alguma coisa nova para aprender. Eu não sabia, por exemplo, sobre a importância de verificar a quantidade de flúor na pasta de dente que a minha filha usa. Chegando em casa será a primeira coisa que farei”, disse.
TEMAS VARIADOS – No dia 25 de janeiro a oficina de odontopediatria foi ofertada para mães de bebês de cinco meses, para orientações sobre a alimentação inclusiva e higienização bucal e no dia 26, para àquelas com bebês de um ano, com o intuito de reforçar a continuação de boas práticas relacionadas à saúde bucal do bebê.
Já no dia 24 a temática teve como foco os responsáveis pelas crianças, abordando direitos previdenciários e violência obstétrica. Na última semana, o tema ‘Negligência na Primeira Infância’ também foi um dos assuntos tratados.
“Essas oficinas são para complementar o que já é tratado na UBB, porém de forma mais prática e aprofundada. Vamos abordar desde a saúde do bebê aos direitos que essas mães possuem, visto que muitas delas não têm conhecimento”, disse a secretária-adjunta de Projetos Especiais, Valéria Reinbold.
Joana Conceição, de 44 anos, está gestante do 5° filho. Na última semana ela participou da oficina sobre direitos previdenciários e violência obstétrica. Ela elogiou a iniciativa. “Sempre fico ansiosa para os encontros e gostei muito da oficina. Mesmo tendo outros filhos, sempre tem uma coisa nova para aprender. Me sinto mais segura, principalmente em relação aos direitos, pois tem muita coisa que a gente não sabe”, disse.
Confira o cronograma de fevereiro:
Oficina com Assistentes Sociais |
Oficina com a Odontopediatra |
*Dia 13/02 – Gestantes 9 meses *15/02 – Bebês 9 meses 17/02 – Bebês 1 ano e 11 meses |
14/02 – Bebês 5 meses
15/02 – Bebês 1 ano
28/02 – Bebês 3 anos |
SOBRE A UBB – As atividades da Universidade do Bebê são desenvolvidas tanto na sede do programa, como nos seis Centros de Referência e Assistência Social (CRAS), espalhados pela capital. A descentralização, que aconteceu em maio de 2021, garante mais atenção e qualidade de vida às mais de 4 mil famílias cadastradas nestes locais.
Além dos encontros da UBB, que acontecem a cada 15 dias, as beneficiárias recebem enxovais no final da gravidez, 3 latas de leite por mês para crianças de um aos 4 anos de idade completos e a creche é garantida conforme a assiduidade da família. Os serviços de saúde continuam sendo ofertados na sede do programa. E agora, com a parceria das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
REFERÊNCIA – O FQA é um programa de desenvolvimento infantil considerado referência em todo o país, revolucionando o acompanhamento da primeira infância, que compreende desde a gestação aos seis anos de idade. Até o momento, foram mais de 27 mil gestações assistidas (desde 2013), cerca de 7 mil cadastros ativos, além de 950 famílias contam com visitas domiciliares.