O que você sabe sobre os povos indígenas de Boa Vista? Na capital roraimense vivem, aproximadamente, 2.300 famílias indígenas nas 17 comunidades do município. As etnias predominantes são Macuxi e Wapichana, uma cultura bastante valorizada até mesmo na sala de aula. É com o apoio e investimentos da prefeitura que muitos encontraram na agricultura, na bovinocultura e até na piscicultura uma alternativa de subsistência e autonomia.
Agricultura Familiar Indígena: Só nestes dois anos, foram 3 milhões investidos, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI). É a prefeitura garantindo renda e sustento às famílias, levando insumos agrícolas, implementos, máquinas, assistência técnica, além da vacinação e vermifugação gratuita do rebanho bovino em todas as comunidades.
E 2023 chegou com novidades, com o início do Projeto de Piscicultura Moro-Morí, lançado em março desse ano, iniciando pela Comunidade Serra da Moça e, agora, se estende às demais. O projeto contempla todas as etapas, desde a escavação dos tanques à criação dos alevinos. A proposta é fortalecer a agricultura familiar, trazendo novas alternativas para a cadeia produtiva.
Só a comunidade Serra da Moça recebeu 1.080 alevinos de tambaqui e todo o aparato necessário para o manejo da produção. Para o tuxaua, Alexsandro Chagas, 43 anos, a piscicultura chegou para fortalecer ainda mais a produtividade na região. “Passamos pelo processo de capacitação e, agora, estamos colocando nosso conhecimento em prática. Esperamos ampliar e melhorar cada vez mais esse projeto em nossa comunidade. Só temos a agradecer por todo o incentivo da prefeitura à nossa gente”, disse.
E a comunidade Darôra foi a primeira a receber o Sistema de Irrigação Fotovoltaica, outra novidade do ano. Uma técnica de plantio ainda inédita no Estado de Roraima, que dispõe de alta tecnologia e sustentabilidade na geração de energia limpa e renovável por meio de placas solares. Dos 35 primeiros kits adquiridos, cinco foram destinados para as comunidades indígenas.
Educação: Hoje 12 escolas indígenas atendem cerca de 900 crianças. Em relação ao ensino, em nada se difere das escolas urbanas, apenas um diferencial, entre os conteúdos estão as línguas maternas: macuxi e wapichana. A estrutura destas unidades estão se modernizando, nem de longe lembram as estruturas antigas.
Além de receberem frequentemente obras de melhorias como revitalização e ampliação, agora contarão com quadras poliesportivas e muros, garantindo segurança aos alunos e às famílias. Para o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, oferecer uma boa infraestrutura das unidades, material didático e merenda de qualidade, transporte escolar, uniforme e promover a valorização da cultura, tradição e da língua nativa é uma das ações prioritárias no quesito Educação Indígena.
“Nossa proposta é de valorizar cada vez mais os povos indígenas, com o intuito de fornecer as melhores condições de vida para essas famílias, onde buscamos investir na infraestrutura de cada comunidade, especialmente na área educação, para essas crianças que vivem nessas regiões do município. Na saúde, levamos ações com diversos serviços gratuitos para as comunidades e também no incentivo de produção na agricultura familiar”, disse o prefeito.
E os serviços sociais, como chegam a estas regiões? É através do CRAS São Francisco que diversos serviços da área social chegam às 17 comunidades Indígenas. Dentre eles: Atendimento com assistência social; Apoio e Proteção Socioassistencial; em torno de 860 famílias indígenas estão inscritas no Cadastro Único; Acompanhamento de condicionalidades do Programa Bolsa Família aos 590 beneficiários.
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