Conhecido por afirmar que em Roraima “dinheiro tem, o que falta é gestão, o governador Antônio Denarium (Progressistas), está prestes a finalizar o processo para receber um empréstimo de mais de R$ 805 milhões do Banco do Brasil, que serão pagos pelos contribuintes nos próximos 10 anos.
Grande parte desses recursos “seriam” aplicados em obras que já deveriam ter sido entregues, a exemplo da Maternidade Nossa Senhora de Nazaré e o Parque Anauá. Só para a Secretaria de Infraestrutura, a qual é comandada pelo seu vice-governador Edilson Damião, possível candidato indicado por Denarium nas próximas eleições, seriam enviados mais de R$ 700 milhões.
Ou seja, enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está com os processos conclusos para julgamento, inclusive com pareceres pela cassação há quase 5 meses, o Estado de Roraima pode sofrer um grande golpe financeiro, pois essa transação bancária vai custar à população ao final dos 10 anos mais de R$ 1.3 bilhão com juros, comissões, dentre outros encargos.
Além do mais, um dos acordos para esse empréstimo está a carência de 12 meses para que ele possa começar a ser pago. Portanto, caso esses recursos caiam nas contas do Estado, pode haver a possibilidade de o atual governador nem estar mais sentado na cadeira do Palácio. Os próximos gestores precisarão interromper investimentos e demitir funcionários por conta das parcelas milionárias que deverão ser pagas mensalmente até a quitação do valor com a instituição bancária.
O portal Macuxirr entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do TSE e do gabinete da ministra Isabel Gallotti para questionar a demora ao marcar o julgamento dos três processos que já estão conclusos para julgamento, inclusive com pareceres favoráveis à cassação, a fim de se interromper esse interesse em endividar o estado com argumentos frágeis, obscuros e sem transparência. Em nota, respondeu apenas que não comenta sobre processos que possam vir a ser julgados.
Aqui fica o questionamento. Após seis anos no mandato, Denarium precisa explicar onde foi parar o dinheiro que Roraima tinha.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
