Um leitor do portal mandou mensagem comentando sobre os crimes eleitorais cometidos antes e durante as eleições de 2022 que deram a vitória ao governador Antônio Denarium e que, por consequência, resultaram em suas três cassações no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR).
O leitor citou alguns ilícitos já conhecidos que causaram a desproporcionalidade na campanha perante o abuso de poder político e econômico. Contudo, existem outras situações graves nas entrelinhas que precisam ser averiguadas a fundo.
Dentre as indagações do leitor, ele cobra uma minuciosa investigação por parte do Ministério Público Federal (MPF) e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) sobre os saques em dinheiro feitos durante o ano de 2022 em Roraima. Esse dinheiro, conforme denúncia, tem grande chance de ter sido usado para compra de apoio e votos.
O Coaf, para quem não sabe, é ligado ao Ministério da Fazenda e formado por integrantes de vários órgãos do governo e tem a função de receber, examinar e identificar operações financeiras suspeitas.
Como exemplo, dias antes da eleição o Governo de Roraima fez uma transferência de mais de R$ 20 milhões a um empresário local, desrespeitando a ordem cronológica de pagamentos. A Justiça de Roraima chegou a ordenar a devolução do montante por parte do empresário, pois o pagamento foi considerado ilegal, mas quando houve o bloqueio judicial praticamente todo o recurso já não estava mais em conta.
Ainda conforme o leitor, esse é apenas um caso de pagamento milionário às vésperas das eleições que se tornou público. O leitor cobra, por fim, uma iniciativa do MPF para que possa comunicar ao COAF essa e outras atitudes ilícitas envolvendo mal uso de recursos públicos. “Onde esse dinheiro foi parar? Nas mãos de quem ele circulou?”, questionou.
Por fim, o leitor ainda destacou que empresários de grande porte e fazendeiros (minoria em Roraima) já declararam apoio ao atual governo e pretendem financiar o novo candidato em possível eleição suplementar deste ano. Por isso é preciso atenção dos órgãos fiscalizadores para que se possa manter a lisura do processo eleitoral, garantindo a igualdade entre os adversários e para evitar desperdício de recursos dos impostos pagos pelo povo.